Destacando mais uma vez o trabalho essencial para a cultura Hip-Hop que é realizado diariamente pelos profissionais do audiovisual, o Pega a Visão de hoje traz um cara que, seja operando as lentes no estúdio, clicando nossos ídolos nos shows, eternizando grandes discos em capas inesquecíveis ou conduzindo campanhas e editoriais de moda, cria diariamente trabalhos muito importantes e memoráveis com o seu olhar fotográfico. Hoje passamos o mic para o gigante Jef Delgado!
Dos primeiros registros no Baile do Bega no fluxo da 17 em Paraisópolis (SP), até os palcos da turnê de 30 anos dos Racionais, o jornalista e fotógrafo, que começou a clicar com o celular no centro de SP e na Galeria do Rock, assina hoje trabalhos audiovisuais que vão desde o mainstream do Rap nacional, como a capa do álbum “Nu”, do Djonga, até campanhas de grandes marcas e editoriais de moda pela Vogue.
Nessa entrevista trouxemos um formato diferente para essa troca de ideia com o Jef. Vocês podem ouvir diretamente da voz de quem faz, com áudios do Jef respondendo cada pergunta nossa! Nesse papo falamos sobre a parceria criativa com Djonga; bastidores da capa de “Jovem OG” do Febem; o Estúdio De Lara que Jef inaugurou recentemente; os editoriais de moda com o Mlk Juninho; as vivências no Funk; e até alguns spoilers dos projetos para 2021.
Na voz: Jef Delgado!
Kalamidade: Salve Jef! Pra começar esse nosso papo eu queria pegar um gancho em uma publicação recente sua no Instagram, na qual você contou um pouco dos bastidores do seu trabalho para o álbum “Nu”, do Djonga. Nesse texto, você falou um pouco sobre a responsabilidade envolvida em receber um convite para um trabalho deste tamanho. Nesses quase cinco anos de audiovisual, como você sente este momento que você está vivendo, sendo reconhecido como um dos principais nomes da cena audiovisual no Rap e no Funk no Brasil?
K: Neste texto que eu citei você contou vários detalhes desde o convite feito pelo Doncesão, até as reuniões de planejamento e a execução das fotos de capa e contracapa do álbum “Nu”. Nos trabalhos audiovisuais do Djonga sabemos, pelas experiências com o Túlio Cipó, que ele é um artista que se envolve bastante no processo de criação dos trabalhos visuais. Como foi essa relação de parceria criativa entre Jef Delgado e Djonga para o trabalho que você entregou neste álbum?
K: Aproveitando que estamos falando de seus grandes trabalhos recentes, “Jovem OG”, do Febem, foi outro trabalho que contou com o seu olhar e suas lentes no visual, assinando mais uma capa e contracapa de um artista que está voando na cena nacional. Você já contou alguns detalhes desse trabalho, como a assinatura com o nome do álbum que foi feita pelo próprio CESRV. Na mesma pegada dos bastidores com o Djonga, conta pra gente como foi essa conexão com o Febem, que a gente sabe que já vem das antigas, e a criação do visual de Jovem OG?
K: E além de ser convidado por grandes artistas pra assinar capas, contracapas e tudo mais, agora você também convida artistas para colar no mais novo Estúdio De Lara, que foi lançado recentemente com Yunk Vino e DANZO. Conta pra gente como rolou a criação e o lançamento deste estúdio, e como estão sendo pensados os projetos para esse novo espaço?
K: Jef, um elemento muito forte que nós podemos destacar dos seus trabalhos é a sua versatilidade. Para além de capas de álbum e parcerias com artistas do Rap e do Funk, você já assinou trabalhos junto à Copa das Favelas de Free Fire, o Joga Bonito com a Nike ressaltando o futebol nas favelas, uma campanha para a Estácio com o Emicida, projeto com a Netflix para a série “Sintonia”, campanha com a Skol, ainda sobrando tempo pra compor a banca de entrevistadores do programa Roda Viva. Como você sente a evolução dos seus trabalhos enquanto fotógrafo e jornalista, a partir das experiências e projetos construídos através dessa sua versatilidade profissional?
K: E se a gente fala da versatilidade no seu trabalho, os editoriais de moda são mais um elemento fortíssimo pra quem acompanha o seu corre. Seja ao lado do Mlk Juninho, seja em parcerias com lojas e marcas, os seus editoriais vêm destacando e adaptando sempre a moda ao olhar da quebrada, representando do Streetwear ao Sportlife em sua melhor forma. Como rolou a sua conexão com esse lado da fotografia e como essa atuação contribui para o seu olhar estético na fotografia?
K: Não é só com grandes nomes da geração mais recente do Rap que você teve a oportunidade de realizar grandes trabalhos. Além de colar no show de lançamento do álbum “AmarElo” do Emicida no Theatro Municipal de São Paulo, você fez cliques incríveis daquela noite para compor o documentário da Netflix “AmarElo – É Tudo Pra Ontem”. Além disso, você desenrolou também uma parceria com ninguém menos que Mano Brown, trabalhando com shows da Boogie Naipe, e com os próprios Racionais MCs, em projetos como a turnê de 30 anos do grupo. Como um mano nos seus vinte e poucos anos, que cresceu com esses nomes batendo nos seus fones, sente essa valorização e confiança no seu trabalho por parte de ídolos como esses?
K: Jef, não dá pra trocar uma ideia contigo e não falar sobre o Funk, que tanto marcou os seus primeiros grandes trabalhos com a fotografia e o jornalismo. Desde as vivências com o Baile do Bega e a Nitro Point, quais ensinamentos técnicos e pessoais as suas experiências com os bailes trouxeram para a sua atuação diária no audiovisual e no jornalismo?
K: Jef pra fechar nosso papo, queria que você deixasse algum spoiler que esteja permitido dos seus próximos projetos, trabalhos e parcerias, porque a gente sabe que o homem não pára nunca. Em quais trabalhos podemos esperar ver o nome Jef Delgado nesse futuro próximo?
Agradecemos demais ao Jef por esse papo retíssimo que ele trocou com a gente. As visões e experiências narradas aqui, de um profissional que vive esse momento de ascensão meteórica são, sem dúvidas, especiais demais para nós do Kalamidade.
Para ficar por dentro dos cliques, corres e trampos do Jef Delgado, acompanhe ele nas redes sociais e no site oficial do fotógrafo: Site, Instagram e Twitter.