Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

No Selecta de hoje trazemos 9 mulheres negras latino-americanas e caribenhas, que têm importantes atuações na cultura Hip-Hop.

Tereza de Benguela

O dia 25 de julho é considerado o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, data que serve como homenagem e momento de reflexão sobre as lutas das mulheres negras pelo continente latino-americano.

Em 1992, após o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana, foi escolhida essa data por fazer referência à líder quilombola Tereza de Benguela, líder do Quilombo do Quariterê, região localizada hoje na área do estado do Mato Grosso.

No Selecta de hoje vamos trazer 9 mulheres negras latino-americanas e caribenhas atuantes na cultura Hip-Hop, lembrando que a lista é simbólica, e não desconsidera e nem desrespeita a caminhada de várias mulheres, tanto brasileiras, quanto dos países latino-americanos que não estão nessa lista, mas possuem grandes trabalhos e envolvimento na cultura Hip-Hop.

Menção mais que honrosa para Sharylaine, Rose MC, Nega Gizza, Negra Li, Cris SNJ, Soberana Ziza, DJ Bia Sankofa, Tasha & Tracie, Dory de Oliveira, Luana Hansen, Tássia Reis e milhares de mulheres negras brasileiras que fazem parte da história do Hip-Hop nacional.

Arianna Puello (República Dominicana)

Arianna Puello / Foto: Reprodução

Apesar de crescer na Espanha, a MC Arianna Puello é natural da República Dominicana, país localizado no Caribe. Arianna tem 7 discos lançados e mais de 20 anos de carreira no Rap.

Em 2016, foi indicada ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Urbana e Melhor Canção Urbana pelo álbum “Despierta” e pela canção “Hardcore & Feroz”.

Conhecida por letras contundentes e de protesto, Arianna Puello faz parte da linha old school Hip-Hop, mas também traz modernidade em seus trabalhos atuais.

Nandy Mondragón (Colômbia)

Nandy Mondragón / Foto: Reprodução

Nandy Mondragón é uma grafiteira colombiana que tem como característica usar a arte do grafite para resgatar suas raízes, principalmente com imagens de crianças e mulheres que trazem fortes características latinas e indígenas.

Itsa (Brasil)

Itsa / Foto: Reprodução

A breaker mineira Itsa brilhou ao vencer a etapa nacional da batalha Red Bull BC One com apenas 20 anos de idade. Representando a comunidade LGBTQIA+ fala abertamente em trazer essa comunidade para dentro do break também.

Deise Miranda (Brasil)

Deise Miranda / Foto: Reprodução

Conhecida no meio do Hip-Hop por sua atuação como b-girl, hoje, Deise Miranda é DJ e acompanha e mostra todo seu conhecimento musical nos toca discos. Deise também é educadora e sempre carrega em seus trabalhos nas oficinas e eventos, questões de conscientização social.

La Fina Yamay (Cuba)

La Fina Yamay / Foto: Reprodução

La Fina Yamay é uma rapper cubana de muito talento. Foi uma das fundadoras do movimento “Somos Mucho Más” no qual procura tratar questões sobre direitos das mulheres utilizando o Hip-Hop como ferramenta de transformação.

Com mais de 16 anos de caminhada, foi responsável pelo primeiro Festival de Rap feminino da história de Cuba e conta com dois álbuns lançados.

Due (Brasil)

DJ Due / Foto: Reprodução

Patricia Vasconcelos, conhecida como DJ Due, representa nos toca discos e nas produções. Due já tocou em vários eventos importantes como Mamba Negra, Gop Tun entre outros, além de ser uma das produtoras do projeto Sintética. Podemos conferir vários sets seus no SoundCloud.

Ariz (Guatemala)

Ariz / Foto: Reprodução

Sandra Arizandieta, artisticamente conhecida como Ariz, quando criança, seus pais a levaram em um teatro e na peça tinham vários desenhos e quadros coloridos, desde então, se sentiu atraída pela arte.

Após uma amiga apresentar a arte urbana nas ruas, Ariz se envolveu no movimento e apesar de todas as dificuldades enfrentadas na Guatemala, prosseguiu e desenvolveu sua arte.

Tiara (Peru)

Tiara / Foto: Reprodução

Tiara Tagle Carpio é uma b-girl peruana que, apesar de jovem, já vem marcando a cena do break conquistando vários campeonatos pela américa, inclusive competindo também no Brasil e conseguindo patrocínio de marcas grandes.

Kris Alaniz (Argentina)

Kris Alaniz / Foto: @theo._.lafleur

Com três discos nas ruas, Kris Alaniz também foi responsável pela primeira coletânea de Rap somente com mulheres MCs. Em suas letras ela carrega o ativismo e a luta por direitos iguais das mulheres unindo muitas vezes, velha e nova escola em seus trabalhos.

Essa foi nossa singela homenagem às mulheres negras latino-americanas e caribenhas atuantes na cultura Hip-Hop, celebrando essa data tão importante.

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