Voltando para trazer algumas das novidades que recebemos no nosso e-mail. Nesta semana, recebemos releases com ação de conscientização na quebrada, edital para fomentar carreira de mulheres negras, estreia musical de selo de produção baiano, e também alguns singles e clipes. Recebemos também alguns EPs, mas que queremos falar à parte.
Como resultado, nosso terceiro GIRO está recheado de novidade. Então bora lá:
Quebrada Viva incentiva o isolamento e distanciamento social nas periferias de SP
O Covid-19 ainda não deu trégua. Os casos estão aumentando a cada dia, as UTIs apresentam altíssimos indices de ocupação, mostrando que estamos em um dos piores momentos em relação à pandemia.
Pensando nisso, articuladores culturais paulistas se uniram para a criação do “Quebrada Viva” – iniciativa da produtora Michelle Serra gestora da Supere Cultural, e dos artistas visuais, M.I.A, que é pixador e Diogo Terra, iluminador. No aniversário de São Paulo (25 de janeiro), o Quebrada Viva levou para as periferias uma série de projeções em laser com frases de conscientização para reforçar a importância de, dentro do possível, mantermos o distanciamento social.
As projeções rolaram de forma itinerante, iniciando na Zona Sul e encerrando na Zona Norte. Vejam um pouco de como foi o rolê:
O Quebrada Viva surge da vontade de expandir e descentralizar a cultura na cidade de São Paulo. Num momento em que a cultura está passando por um desmonte, e que sempre vemos grandes artistas se apresentando no centro, enquanto nas quebradas a arte e a cultura não chegam; eu e meus amigos M.I.A. e Diogo Terra decidimos nos unir para levar essas mensagens e numa linguagem que os nossos entendam.
relata a produtora cultural Michelle Serra
“Embora eu resida na Casa Verde, tenho atuado como ativista social em comunidades na Zona Norte, e sabemos o quanto as informações não chegam nesses lugares”, completa a produtora. Além da homenagem à cidade, a programação buscou promover o respeito às vítimas de Covid-19, assim como de todos os que estão na linha de frente no combate à pandemia, em especial os profissionais de saúde.
Projeto “Melanina Canta” promove carreira de rappers mulheres da Bahia
O projeto Melanina Canta vai selecionar 20 rappers mulheres da Bahia para participar de workshops formativos que ajudarão a profissionalizar e promover sua carreira. Dessas vinte, cinco serão selecionadas para gravar uma música, com direito a um lyric vídeo.
As inscrições ficarão abertas de 27 a 31 de janeiro e deverão ser realizadas unicamente através do formulário e o regulamento pode ser consultado a qualquer momento através do link do drive.
O projeto tem apoio financeiro do estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia), direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Ancestralidade e cuidado através das folhas são tema da estreia musical do Selo Nsabas
Em meio a uma crise respiratória que atinge o mundo, o Selo Nsabas lança “Folhas Sagradas”, seu primeiro trabalho musical, convidando o público a refletir sobre o poder da conexão ancestral e a cura através das folhas.
A faixa é produzida pelo DJ Gug. Na rima, marcam presença artistas conhecidas pelos seus corres individuais: Amanda Rosa, Má Reputação e Pretta Letrada, a poeta e grafiteira Singa e a DJ Belle. Lançada com videoclipe no YouTube, “Folhas Sagradas” conta ainda com participação especial da Mameto Laura Borges, do Terreiro Unzó Maiala.
Tendo como parte importante do cenário o Dique do Tororó, o videoclipe dirigido por Andreza Mona e Tamires Almeida, alerta sobre a importância da conservação da natureza em meio ao crescimento da metrópole. As cenas gravadas no Terreiro Unzó Maiala, com a participação da Mameto Laura Borges, são um convite mútuo aos artistas e às religiões, sejam elas de matriz africana e tantas outras que entendem o sagrado como parte integrativa da vida.
Confira o clipe, que saiu na última sexta, dia 29/01:
Sobre o Selo Nsabas
“O alimento, o remédio, o perfume e a beleza que enfeita e cura. A música que soa num simples encontro entre o vento e a mata. As folhas estão em tudo! Nos contam histórias e nos convidam a acessar as tecnologias ancestrais que nos fizeram chegar aqui”. Foi com esta mensagem, que a antiga Coletiva “Arminina” ganhou um novo nome, e uma missão: levar a mensagem de alegria e de cura para o mundo.
Unidas em 2019, para promover a capacitação e a valorização da arte produzida por mulheres, o Selo Nsabas já realizou diversas oficinas, produziu seis edições da Batalha das Bruxas, e realizou em 2020 o primeiro Slam a Nível estadual na Bahia, com premiação em dinheiro e direcionado ao público feminino e LGBTQIA+. “Folhas Sagradas” inaugura o trabalho musical do Selo, com o objetivo de ampliar o alcance da mensagem de cuidado e conexão ancestral. Procurem saber!
A’DRY lança clipe de Leoa, primeira faixa do seu EP, produzida por Ader
A’DRY, rapper paulistana nascida na Zona Sul de São Paulo, estreou seu primeiro videoclipe e a faixa tema do seu EP. A música fala sobre empoderamento feminino e apresenta o seu alter ego ao público: a Leoa.
Só por ser mulher periférica já somos leoas, por toda a vivência e lutas diárias, artista independente então nem se fala
diz a rapper, que também se identifica com o animal pelo seu signo Leão.
Este é o primeiro de três sons, todos assinados por @prod.ader, do coletivo Bradrill. Ader também e DJ da Batalha da Leste e beatmaker/produtor na Madlab Produções. A faixa em questão traz um Trap Funk Drill, e mostra sua essência e do EP como um todo.
O audiovisual foi produzido pela Rec04, com roteiro de A’DRY e direção deles. O EP LEOA será composto por três músicas, lançadas sempre na última sexta-feira do mês. A artista, que saiu em carreira solo a aproximadamente seis meses, dará início a uma sequência de lançamentos também junto ao seu coletivo Bradrill, além dos projetos solo.
Beat, mix e master @prod.ader
Captação de voz @allfavelarecords
Clipe por @rec04_
“Grana não me Espera”: o rapper e produtor Snow lança single pré mixtape
Grana não me espera não espera ninguém! Então se tu não nasceu playboy, comece a correr fera!
escreve o músico em seu vídeo no Youtube
No domínio da composição, produção (beat, mix e master) e da voz, o artista Snow lança o sigle “Grana não me Espera”, que conversa diretamente com dois elementos, segundo ele, muito difíceis de se ter em mãos: tempo e dinheiro. Ao abordar estes dois elementos, o som fala também de sonhos e objetivos, porque “Ganhar dinheiro é importante mas ganhar dinheiro com o que se ama fazer não tem preço, é libertador, então não mede esforços para que seus sonhos e objetivos se concretizem”.
A faixa é o último single do rapper e produtor antes de sua “Mixtape Versátil”, que está 99% concluída e será lançada em breve.
Leskill remixa o britânico Poundz em “TikTok“
Leskill é o mais novo contratado do selo de distribuição e agenciamento artístico On-Retainer, que já conta com artistas como SD9 e D r o p e. Ele retoma a carreira após alguns meses de reformulação com “TikTok (Remix)”. O Uk Drill, originalmente lançado pelo rapper Poundz e produzido por HONEYWOODSIX & Elevated, ganha toque das favelas cariocas por Leskill.
O clipe do single chega ao Youtube pelas lentes de Felipe Combo, com produção executiva de Marley, e conta com a colaboração dos dançarinos May idd, Codazzi idd, Holanda e Crazy Jeffz. Guilherme Guedes e Crazy Jeff assinam a fotografia da obra.
Confira o clipe de Tik Tok (Remix):
Leskill projeta o relançamento de “Boné da Lacoste” ainda para este semestre.
Com produção própria, GABELEGAL lança single “Pink Money”
GABELEGAL é o nome artístico de Gabriel Marcondes, artista brasileiro de Suzano, São Paulo. Atuando em diversas áreas, é dançarino, cantor, produtor musical e ilustrador. Formado em design gráfico, e desde então, se dedica à sua carreira como músico e coreógrafo. Na última semana, artista lançou o single em questão junto com Warllock, de Florianópolis.
Quem diria? A gente é rentável pra caralho e mesmo assim morre um monte por dia
GABELEGAL em Pink Money
A música, produzida pelo próprio artista, aborda a questão do Pink Money e como a temática LGBT pode ser rentável, quando esvaziado seu discurso. Fala sobre instituições e artistas que não se importam com a causa buscam LGBTQIA+ como público alvo apenas para obter o “Pink Money”. Confira o clipe:
Curtiu nosso GIRO da semana? Comenta o que achou! Quer ver seu trampo aqui no Kalamidade? Dá uma olhada na nossa linha editorial e como mandar o release aqui.